Atol das Rocas

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Atol das Rocas
Reserva Biológica do Atol das Rocas





Histórico


O Atol das Rocas está localizado a aproximadamente 267 Km a leste nordeste da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Descoberto pelo navegador português Gonçalo Coêlho, em 1503, sua história é marcada, desde o início, por vários naufrágios.

É o único atol do oceano Atlântico Sul e tem importância ecológica fundamental por sua alta produtividade biológica e por ser uma importante zona de abrigo, alimentação e reprodução de diversas espécies. Daí ter-se transformado na primeira Reserva Biológica Marinha do Brasil, em 05 de junho de 1979, pelo Decreto-Lei n.º 83.549.
Reservas Biológicas (Rebio) são áreas delimitadas que abrigam espécies vegetais e animais, cujo valor científico e educativo restringe o acesso apenas a atividades de pesquisas científicas e à fiscalização.

Atol é uma formação de recifes de coral em forma de anel. O vocábulo foi introduzido na linguagem científica internacional por Charles Darwin. Já a palavra "rocas"vem do espanhol, rocha, pedra.

Na maré alta, somente ficam emersas duas pequenas ilhas: Farol e Cemitério, formadas por fragmentos de conchas, ossos de aves e de peixes e detritos vegetais. Na maré baixa surgem na área interior do atol várias piscinas naturais, de tamanhos e profundidades variadas, que atuam como berçários de diversas espécies.

Fauna

Já foram identificadas cerca de 110 espécies de macroalgas no Atol das Rocas. As mais comuns são: Digenia simplex, Gelidiella acerosa, Caulerpa cupressoides, Dictiota sp e Bryopsis sp. As esponjas descritas somam 38 espécies, sobressaindo a Spirastrella coccinea, Chondrilla nucula e Topsentia ophiraphidites. Foram também identificadas no Atol sete espécies de corais da ordem Scleractinia, entre eles Siderastrea stellata, Porites astreoides e Montastrea cavernosa.


Os pesquisadores catalogaram até o momento cerca de 147 espécies de peixes na Reserva. Destas duas são endêmicas, ou seja, ocorrem apenas no Atol das Rocas e em Fernando de Noronha: a donzela de rocas Stegastes rocasensis e Thalassoma noronhanum.
Aves

O Atol das Rocas detém ainda a maior colônia de aves marinha do Brasil, com cerca de 150 mil indíviduos, e é área de reprodução de cinco espécies: Sterna fuscata, Sula dactylatra, Sula leucogaster, Anous stolidus e Anou minutus. É também ponto de alimentação e proteção para cerca de 24 outras espécies, vindas principalmente do Hemisfério Norte, sem suas rotas migratórias.


Berçário de tartarugas e crustáceos


A área também se destaca por ser a segunda maior área de desova da tartaruga verde Chelonia mydas no Brasil, além de ser uma área de abrigo e alimentação da tartaruga de pente Eretmochelys imbricata. O primeiro programa de marcação de tartarugas marinhas do país - Projeto Tamar, foi desenvolvido no Atol em 1981.

A diversidade de crustáceos também é grande, representada por 11 famílias e 18 espécies, destacando-se o caranguejo terrestre, Gecarcinus lagostoma, e o aratu, Grapsus grapsus, espécies que ocorrem somente em ilhas oceânicas.


Flora
A vegetação é tipicamente herbácea, com espécies das famílias Amaranthaceae, Aizoaceae, Portulacaceae, Cyperaceae, Gramineae e Amaryllidaceae. De grande porte, existem apenas poucos coqueiros introduzidos antes da criação da Reserva.

Pesquisa


Atividades contínuas de pesquisa, educação ambiental e fiscalização na área da Reserva Biológica do Atol das Rocas permimtem que seja melhor avaliada a importância desse ecossistema único no Atlântico. De grande importância do ponto de vista estratégico o Atol é alvo de importantes pesquisas de renomadas universidades. Em breve estaremos disponibilizando a lista de pesquisas realizadas na área.

Fonte: Ibama Fotos eu já fui

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